O dólar fechou a terça-feira em R$ 3,6813, avanço de 1,76%. É a segunda alta consecutiva na semana, em grande parte devida às discussões sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas também com influência do cenário externo. Saiba mais no boletim de abertura de mercado desta quarta-feira (6), com o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo de Gracia Corrêa:

O movimento de recomposição de posições compradas em dólar visto anteontem seguiu firme no pregão de ontem, com investidores assumindo uma postura de proteção diante das incertezas sobre o impeachment da presidente Dilma. A valorização do dólar lá fora também contribuiu para a alta aqui. Ao final da sessão a moeda norte-americana fechou cotada em R$ 3,6813, avanço de 1,76%.

Hoje, os mercados financeiros internacionais iniciam o pregão com um viés mais positivo, após os dados da API mostrarem queda de 4,3 milhões de barris de petróleo nos Estados Unidos, mantendo o preço da commoditie em alta. Também favorece o bom humor entre os agentes internacionais a divulgação do índice de atividade de serviço chinês de março em 52,2, ante 51,2 de fevereiro, sugerindo expansão mais forte do setor. As principais bolsas europeias e futuros americanos operam no positivo.

Internamente, os agentes domésticos vão continuar monitorando as notícias políticas, em especial tudo o que se refere ao impeachment de Dilma. De acordo com a jornalista da Cristiana Lôbo, o ex-presidente Lula já teria votos suficientes para barrar o impedimento – mais de 200. Se isso é verdadeiro é o que se verá no dia. Também na agenda dos players locais, a reunião do PP para avaliar se desembarca ao não da base aliada. Por outro lado, o mercado segue contabilizando os votos para o impeachment, que de acordo com um levantamento do Grupo Estado, o placar está com 234 deputados a favor da saída da presidente Dilma, 110 contra, 56 indecisos, 10 não responderam e 103 não foram encontrados. Portanto o cenário ainda é nebuloso e deixará os ativos brasileiros bastante voláteis nos próximos dias, inclusive o dólar.