Quando entrou na sala de cirurgia para dar à luz gêmeos, a agente de saúde Ana Paula Faria, de 31 anos, não imaginava o que estaria por vir. Durante o nascimento, ela soube pela equipe médica que os gêmeos, na verdade, eram trigêmeos.

“Estou muito feliz. Eu sabia que eram gêmeos, e na hora do parto descobri que tinha mais um. Foi um presente de Deus. Primeiro veio o susto, mas depois a emoção”, afirma a mãe.

O parto aconteceu pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Santa Casa de Votuporanga (SP), na última terça-feira (5). A mãe e os trigêmeos ainda estão internados e sem previsão de alta.

“Em nenhum exame ou ultrassom que tinha feito durante a gravidez tinha apontado os três, apenas gêmeos. Agora é cuidar dos três. Carinho e amor não vão faltar”, afirma Ana Paula.

O médico que acompanhou a gestação diz que este tipo de caso costuma ser comum em pacientes obesas. “Um radiologista poderia dar mais detalhes, porque é a área mais específica dele, mas recordo de alguns casos de não conseguir fazer o ultrassom. Comum não é, mas também não é algo tão raro assim”, afirma. Ele preferiu não divulgar o nome.

Nenhum exame ou ultrassom tinha apontado os três, apenas gêmeos. Agora é cuidar dos três. Carinho e amor não vão faltar"

Ana Paula Faria, mãe das crianças

Segundo o médico radiologista Alexandre Henrique de Parma, da Santa Casa de Votuporanga, casos como esse podem acontecer, independentemente do profissional ou equipamento de ultrassom usado no exame.

"De maneira geral, casos como esse não são comuns, mas podem acontecer, devido às limitações técnicas do exame em pacientes obesas, onde até mesmo a imagem do feto pode ser confundida. Isso também pode ser ocasionado quando a ultrassonografia não é realizada nos primeiros meses de gestação”, afirma.

Três meninos
Os trigêmeos são meninos e se chamam Pedro Henrique, Felipe Daniel e Paulo Henrique. “Já tinha os nomes de Pedro e Felipe na cabeça, o Paulo Henrique a gente teve de escolher na hora”, conta a mãe.