Professores da rede municipal de Curitiba retomaram a greve nesta terça-feira (21). A categoria realizou um ato na Praça Nossa Senhora da Salete, localizada em frente à prefeitura, e de lá seguiu em passeata até o local onde representantes do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) e do município se reunem nesta manhã. Eles reivindicam a implantação do plano de carreira.

A Secretaria Municipal de Educação afirmou que 62 das 185 escolas municipais estão sem atendimento nesta manhã e que os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) funcionam normalmente. A prefeitura afirmou que busca honrar os compromissos assumidos com os servidores, mas alega que há uma dívida de R$ 140 milhões.

Em meio à mobilização, a Avenida João Gualberto foi fechada pelos professores. Segundo a Polícia Militar (PM), 350 pessoas participam. Por este motivo, de acordo com a administração municipal, as estações-tubo Passeio Público e Maria Clara estão desativadas nos dois sentidos.

A paralisação iniciou no dia 15 de março quando várias categorias pararam suas atividades em mobilização nacional contra a reforma da Previdência. Após um acordo, os professores retomaram as aulas na sexta-feira (17), no entanto decidiram suspender as atividades nesta terça-feira.

O Sismmac não informou quantos professores da rede aderiram à greve, quantos participaram do ato na Praça da Salete e a quantidade de escolas prejudicadas. O Sindicato detalhou que a rede municipal possui 10 mil professores.

Reivindicação

Os professores municipais reivindicam, principalmente, a implantação de um plano de carreira. Por lei, a nova tabela salarial deveria ter sido implantada em dezembro de 2016, mas, até agora, não existe nenhuma definição sobre o assunto.

Além disso, a categoria ainda reivindica a contratação de novos professores. O Sismmac afirmam que há uma defasagem de quase mil professores na rede municipal.