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Pente-fino no INSS tem regras mais duras e envolve todos os benefícios | |
Sexta-feira, 18 de janeiro de 2019 | |
O presidente Jair Bolsonaro deve assinar até o fim da semana uma Medida Provisória (MP) para deflagrar um pente-fino em todos os benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e tornar regras previdenciárias mais duras para benefícios como o auxílio-reclusão. O texto já foi encaminhado pela equipe econômica para a Casa Civil e aguarda os últimos ajustes técnicos antes de ser assinado pelo presidente. Alvo de críticas de Bolsonaro, o auxílio-reclusão é pago para dependentes do trabalhador preso. Hoje não há carência (período mínimo de contribuições) para ter direito ao benefício.
Uma versão mais branda -com período mínimo de 12 contribuições- chegou a ser formulada pela equipe do Ministério da Economia. Mas, conforme a Folha de S.Paulo publicou na semana passada, o governo queria tornar o acesso ao auxílio ainda mais restrito por entender que a carência deveria ser maior que de outros benefícios, como auxílio-doença (12 meses). Essa Medida Provisória é a primeira ação da equipe econômica do governo Bolsonaro em torno da Previdência. A ideia é dar uma primeira sinalização à sociedade e aos servidores de que o Executivo está fazendo sua parte para diminuir o rombo fiscal na área, buscando inclusive coibir fraudes. Por isso, além da fiscalização, a MP endurece regras para ter acesso a alguns benefícios do INSS. O impacto econômico, contudo, ainda é considerado baixo, em torno de R$ 9,3 bilhões em economia. O valor corresponde a 4,2% do déficit previsto no RGPS (Regime Geral de Previdência Social) para este ano, que deve bater em R$ 220 bilhões. O ministro Paulo Guedes (Economia) chegou a falar na possibilidade de a iniciativa representar uma redução de despesas de R$ 17 bi a R$ 20 bi por ano. Para viabilizar a operação, a medida provisória estabelece o pagamento de um bônus de R$ 57,50 a técnicos e analistas do seguro social que identificarem irregularidades em aposentadorias e pensões. O texto também muda regras para pedir a aposentadoria rural. Para comprovar o tempo de trabalho, passa a ser necessária uma autodeclaração homologada por entidades públicas credenciadas pelo Pronater (Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária). Atualmente, o trabalhador tem que apresentar uma declaração do sindicato rural. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou na semana passada que mais de 2 milhões de benefícios pagos pelo INSS têm indícios de fraude e precisam ser auditados. As alterações previstas na MP passam a valer assim que o texto receber o aval do presidente e for publicado no Diário Oficial da União. A MP, então, deve ser encaminhada ao Congresso, que precisa dar o aval ao pente-fino e às mudanças nas regras do INSS. |
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Fonte: Paraná Portal |
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